O desenvolvimento infantil está intimamente relacionado com a forma como cada criança está envolvida no seu núcleo familiar, que por sua vez é moldado pelo seu envolvimento cultural e social (Serrano, 2018).
No que diz respeito ao desenvolvimento infantil podemos afirmar que este é influenciado por vários fatores, sendo eles: “o meio físico, o meio social, o nível da segurança do meio físico e social, a estrutura e organização familiar, as expetativas da família e as suas crenças e valores relativamente à educação, e o meio socioeconómico.” (Serrano, 2018)
É essencial referir que cada família tem influência sobre o desenvolvimento infantil de cada criança, como afirmámos anteriormente, sejam as aquisições boas ou menos boas, as corretas ou menos corretas. É importante passarmos à sociedade que tudo aquilo que as nossas crianças fazem é uma reprodução daquilo que observam no seu dia a dia, na sua rotina. É, igualmente importante, sabermos que os pais têm uma responsabilidade enorme ao educar uma criança, pois vivemos numa sociedade cada vez mais materialista e não nos devemos esquecer que os nossos “filhos” são pessoas (têm a sua individualidade e a sua personalidade).
Estas premissas enumeradas são pontos chave no educar de uma criança. Muitas das vezes conseguimos enumerar atitudes incorretas de outras crianças, mas não identificamos que as nossas crianças também apresentam caraterísticas com as quais, por vezes, também, não concordamos. Atualmente, existe muito o diálogo de culpabilizar outra criança por uma determinada situação incorreta que tenha existido, retirando responsabilidade à nossa criança. Ao analisarmos este acontecimento percebemos automaticamente que estamos a dar a perceção de que: “Faças tu o que fizeres, a responsabilidade dos teus atos não é tua, é de outra pessoa”. Assim criamos adultos com dificuldades em assumir responsabilidades e incapazes de ouvir críticas ao seu desempenho.
É importante referir que existe, também, a superproteção parental que, muitas vezes, impede a criança de vivenciar várias experiências do seu quotidiano gerando, muitas vezes, dificuldade em gerir frustração, ansiedade e diminuição de autoestima. Estas consequências da superproteção parental podem, por vezes, traduzir-se em atrasos de desenvolvimento sem etiologia conhecida.
Assim torna-se necessário esclarecer que o desenvolvimento infantil deverá ser guiado, supervisionado e estimulado pelos pais, fornecendo estes, experiências a vários níveis aos seus filhos (experiências motoras, cognitivas, sensoriais, emocionais, espirituais). Não deverão impedir nenhuma vivência que a criança esteja a viver, deverão sim tentar dotar a criança de capacidade para ultrapassar alguns obstáculos dessa vivência. Deverão demonstrar à criança que estarão presentes e disponíveis para ela sempre que ela precisar.
É fundamental criarmos crianças capazes que superar os obstáculos que o mundo lhes reserva. Lembre-se que as crianças de hoje serão os adultos de amanhã e que esses adultos de amanhã, dependem dos adultos de hoje.
A nossa terapeuta ocupacional está disponível para o capacitar a si a contribuir positivamente para o desenvolvimento infantil do(a) seu(sua) filho(a). Contacte-nos. Na SH2Me estamos cá por si.
Rosa Nunes, Terapeuta Ocupacional SH2Me Medicina Integrativa
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